A PÁSCOA DOS JUDEUS APONTAVA PARA CRISTO A NOSSA PÁSCOA
UMA JORNADA DE FÉA formação do povo de Israel e sua herança espiritual
A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA
Lição 4 - 26 de janeiro de 2014
Texto Bíblico: (I Coríntios 5.7b).
Leitura Bíblica em Classe: Êxodo 12.1-11
A PÁSCOA DOS JUDEUS APONTAVA PARA CRISTO A NOSSA PÁSCOA
Introdução: O sentido da palavra páscoa é "passar sobre" aludindo o anjo da morte que passou sobre os filhos de Israel, mas destruiu todos os primogênitos do Egito. Os filhos de Israel que estavam com suas casas assinaladas com o sangue do cordeiro pascal, foram poupados pelo anjo destruidor. Essa foi a última praga que forçou Faraó a permitir que Israel saísse do Egito, após séculos de escravidão naquele país. Os hebreus continuam celebrando este cerimonial até os dias de hoje como lembrança da sua libertação do Egito. Embora os judeus continuem mantendo essa celebração ordenada nas leis cerimoniais do Antigo Testamento, ela encerrou-se no dia em que Jesus celebrou a última ceia um dia antes da sua crucificação. Como Jesus cumpriu toda a lei e instituiu para pós sua morte um novo memorial, que é a ceia a ser celebrada por todos os seus seguidores, a páscoa então que continua sendo celebrada pelos judeus como uma ordenança da lei, não passa de um sacrifício de tolos.
I. PÁSCOA, O COMEÇO DE UM NOVO DIA E DE UMA NOVA VIDA
1 - Páscoa um fato maravilhoso para hebreus e um desastre para os egípcios - Êxodo 12.1 E FALOU o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: - 1Coríntios 5:7 - Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.
Quando o anjo da morte passou sobre o Egito provocando a morte de todos os primogênitos, foi um grande desastre que provocou um desespero terrível por toda aquela terra. Para os hebreus que estavam na cidade de Gózem no Egito não houve qualquer morte dos seus primogênitos, pois as suas casas estavam protegidas pelo sangue do cordeiro pascoal borrifado nas ombreiras das portas e janelas. Esse evento terrível para o povo de Israel transformou-se da forma que aconteceu em algo extremamente maravilhoso a vista de todos, menos do povo do Egito que passou a desejar a saída dos hebreus daquela terra o quanto antes, pois temeram juízos maiores advindos da parte do Deus de Israel. Em todas as dispensações a figura do diabo está sempre presente, e não foi diferente no Egito, onde a sua atuação junto ao povo egípcio e principalmente com Faraó foi sabiamente maquinada no sentido de destruir a nação de Israel. O Diabo continua planejando e se esforçando para destruir a obra de Deus neste mundo, porém o Filho de Deus empenhou-se e continua se empenhando na batalha contra ele. Jesus o Cordeiro pascal veio a este mundo manifestado em carne, para derrotar o Diabo e dissolver as suas obras e continuará fazendo isso até que este seja derrotado completamente. Por isso não devemos servir ou tolerar o que o Filho de Deus veio destruir; quem assim procede também será destruído conjuntamente com o Diabo.
2 - Páscoa o começo de uma nova vida debaixo da proteção do Senhor Jeová - Êxodo 12.2 Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. – 2 Coríntios 5:17 - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
Os hebreus passaram centenas de anos servindo ao Egito, porém chegou o momento da libertação de uma vida escravizada naquele lugar. Agora os hebreus desejavam esta libertação com a sua saída do Egito. Deus pacientemente aguardou o clamor do povo hebreu manifestando o desejo de serem libertos. É isso que Deus aguarda de todos os que não têm Cristo na sua vida, que manifestem esse desejo de libertação desse mundo e o perdão de seus pecados pela expiação do sangue de Cristo. É o desejo de ser uma nova criatura que Deus espera de todo o pecador. Também deve ser o desejo de todo aquele que professa a fé cristã, em ser uma nova criatura; não camuflando uma capa falsa de santidade, mas que tenha um novo coração e uma nova natureza. É com esse desejo que Deus faz no coração uma grande mudança realizada pela sua graça. Assim o homem renovado age a partir de um novo princípio, por novas leis vindas do Novo Testamento, passando a ter uma nova convivência.
3 - Páscoa, dedicação e observância de um rito sagrado que honra a Deus - Êxodo 12.3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. - Lucas 22:19 - E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
A páscoa para os hebreus não seria apenas um ato de momento diante das circunstâncias ajuizadoras determinadas por Deus. Na realidade deveria ser um ato repetitivo que se estenderia até a última páscoa ou ceia preparada pelo Senhor Jesus Cristo. Esta observância seria algo extremamente sagrado para honrar o Senhor Deus que os libertou da escravidão egípcia. Assim também a ceia da qual participamos em memória do sacrifício de Cristo também não pode ser negligenciada. A nossa participação na ceia do Senhor deve ser algo consciente de que é um rito sagrado e que devemos fazê-lo com toda reverência e cuidado. Entendemos que a páscoa e a libertação do Egito eram sinais tipológicos e proféticos de um Cristo que viria que, morrendo, nos libertaria do pecado e da morte, e da tirania de Satanás. O brilho da libertação do Egito foi ofuscado por uma libertação de proporções ainda mais grandiosas através de Cristo e por isso a Ceia do Senhor foi instituída, para ser celebrada como um memorial de um Cristo vencedor.
4 - Páscoa não é um ato sacro isolado e sim com participação de todo povo - Êxodo 12.4 Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. - I Coríntios 11.33 Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.
Nenhuma pessoa poderia comer sozinho o cordeiro pascal. Quem assim o fizesse não teria qualquer significado esse tipo de atitude. Era uma festa de comunhão e a sua espiritualidade se concretizava pelo esforço grupal dentro do espírito de comunidade, lembrando que Cristo não se sacrificou por uma alma de sim por todas as almas. O apóstolo Paulo pluraliza a participação de todos em relação à ceia do Senhor, como um dever santo praticado conjuntamente entre todos. Devemos vigiar quando nos reunirmos para essa participação conjunta, de que todos estejam em condições espirituais de pegar no pão e no cálice, para não provocarem e atraírem vingança para si mesma. As coisas santas devem ser usadas de maneira santa, se assim não for haverá profanação em algo que é sagrado e que foi instituído por Cristo.
5 - Páscoa só poderia ser celebrada com um animal sem nenhum defeito - Êxodo 12.5 O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. - 2 Coríntios 5.21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
O cordeiro para a páscoa não poderia ter qualquer tipo de defeito físico, deformação ou enfermidade. Essa condição aponta para a impecabilidade do Cordeiro de Deus, o nosso Senhor Jesus Cristo. Deveria ser um macho de um ano, ou seja, uma primícia como um tipo de Cristo que se ofereceu no meio dos seus dias sem nenhum defeito. Sem mácula simbolizando a pureza do Senhor Jesus, um cordeiro imaculado. Jesus foi feito pecado por nós; não um pecador, mas pecado, isto é, uma oferta pelo pecado, um sacrifício pelo pecado e só dessa maneira o seu sacrifício seria aceito para podermos ser redimidos pelo seu sangue. Nossa reconciliação com Deus só pode ser realizada porque Cristo cumpriu todas as exigências sacrificais que lhe eram exigidas, para que nós pudéssemos ter todos os nossos pecados perdoados.
6 - Páscoa foi realizada à tarde, como também Cristo foi morto pela tarde - Êxodo 12.6 E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. - Mateus 27:46 - E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
O sacrifício do cordeiro transcorria no período da tarde, não tendo aqui uma precisão da hora específica em que era realizado o abate do animal. Provavelmente seria entre a nona e as décimas primeiras horas (entre as 15 horas e as 17 horas) Lembrando que Jesus foi crucificado à hora nona, ou seja, às 15 horas. Foi nesta hora que Jesus tomou as suas palavras de dor e também expressou a sua última palavra ao dizer: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Assim o Senhor exprimiu essas palavras em alta voz; o que evidenciou a sua dor e angústia extremas, mostrando a sua forte natureza e dedicação do seu espírito nesse último momento de provação.
II. NÃO FOI A VIDA DO CORDEIRO QUE SALVOU O POVO E SIM A MORTE
1 - Páscoa lembra que a marca do sangue do cordeiro livra da ira divina - Êxodo 12.7 E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. - Efésios 1:13 - Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.
O cordeiro vivo é algo muito bonito, mas se continuasse vivo o sacrifício não teria valor algum, pois não poderia salvar ninguém. Não somos salvos pelo exemplo que Cristo deu em toda a sua trajetória terrena ou pelo seu exemplo de vida; somos salvos sim, pelo fato da sua morte. Foi o sangue do cordeiro aplicado sobre as ombreiras das portas que livrou os hebreus da ação do anjo destruidor, que vendo o sangue aplicado, passaria sobre a casa assim protegida. Se o cordeiro não fosse morto, eles não teriam esse sangue protetor, assim como se Cristo não fosse morto, não teríamos o seu sangue expiador. Esse sangue que Cristo derramou, também representa para nós o selo do Espírito em nossas vidas. Por meio do Espírito Santo nós somos selados com o sangue de Cristo, os que nos torna separados para Deus, distinguidos e escolhidos para pertencer a Ele. Essa é uma razão porque o maligno não pode nos tocar.
2 - Páscoa lembra a amargura de uma alma escravizada pelo mundo - Êxodo 12.8 E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. - Romanos 8:15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
As ervas amargas simbolizavam os sofrimentos de Israel antes de sua libertação, e, como tipo apontava para os sofrimentos de Cristo. Os judeus deveriam lembrar-se do período de escravidão e sofrimento, para nunca mais sentirem o desejo de voltarem novamente para aquela vida de sofrimento vivida no Egito. Os hebreus embora tenham sido libertados do Egito quando na promulgação da lei de Moisés, falharam muito no cumprimento desta. Isso ocorreu tanto no seu aspecto moral, cerimonial e cívico, o que proporcionou a eles vários juízos divinos, os quais traziam um sentimento de escravidão espiritual. Após o sacrifício de Cristo, a dispensação da lei que foi encerrada na cruz, passou para a dispensação da graça. Assim, todo o sentimento de espírito de escravidão terminaria com a aceitação de Cristo como o Salvador da alma, e o espírito que imperaria não seria mais o de escravidão e sim o espírito de adoção. Isso vem significar que se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Todo aquele que não tem Cristo na sua vida, quer queira, quer não; vive no espírito de escravidão, pois é um escravo de Satanás. A bíblia diz que o mundo jaz no maligno.
3 - Páscoa lembra que nos fortalecemos fazendo de Cristo o nosso alimento - Êxodo 12.9 Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. - João 6:51 - Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
O animal era preparado para ser usado mediante o uso de dois espetos de madeira, um perpendicular e outro transverso, formando uma espécie de cruz, que vem tipificar o Cristo crucificado. O cordeiro tinha que ser preparado e consumido por inteiro apontando para a obra divina completa e perfeita, como foi o perfeito sacrifício expiatório de Cristo. Ele deu a sua carne por nós, pelo sofrimento e morte. Jesus se entregou por completo dando a sua carne para ser crucificada e morta. Foi dada pela vida do mundo que estava perdida pelo pecado. Cristo dá sua própria carne como um resgate. Por todos os benefícios que o seu sacrifício proporcionou podemos entender que sua carne e sangue, espiritualmente Ele é comida e bebida para as nossas almas e isso é lembrado no memorial deixado por Cristo quanto a ceia que devemos sempre participar. Temos de nos alimentar de Cristo a fim de termos forças para segui-lo como peregrinos nesta terra.
4 - Páscoa lembra não deixar Cristo para amanhã faça isso no dia de hoje - Êxodo 12.10 E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo. - Lucas 17:26 - E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem.
Os hebreus ao participarem da páscoa não deviam deixar nada para comer depois, pois passariam a aprender e depender de Deus todos os dias, no provimento das suas necessidades. As sobras não satisfazem o crente, pois precisamos do Cristo inteiro. Não adianta receber Cristo como o seu Salvador e não se alimentar diariamente dele. Quanto a não deixar nada para o dia seguinte podemos ilustrar aqui a respeito da salvação e dos que mesmo tendo aceitado Cristo continuam descuidados quanto a sua vida espiritual que precisa de conserto, mas que a cada dia vai adiando a regularização da sua situação para com Deus. Os pecadores antediluvianos foram advertidos, quanto aos juízos divinos, porém não deram atenção e por fim o encontraram. Para aqueles que não têm Cristo e vivem protelando quanto a aceitá-lo, é bom se aprofundar na degeneração do mundo antediluviano onde aquela geração pereceu por não darem ouvidos a Noé, o pregoeiro da justiça; lembrar também de Sodoma, que não deram ouvidos a Ló e foram destruídos; lembrar que o mundo hoje está muito pior em degeneração e pecado do que aquelas gerações e o juízo de Deus podem acontecer a qualquer momento surpreendendo a todos que não tem Cristo em seu coração.
5 - Páscoa lembra que é preciso deixar apressadamente o mundo pecaminoso - Êxodo 12.11 Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor. - Isaías 55:6 - Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Quando nos alimentamos de Cristo através da fé devemos apressadamente abandonar totalmente o controle e domínio do pecado. Exige-se pressa em renunciar as coisas do mundo que é uma condicional para estarmos totalmente libertos dele. Estamos vivendo os últimos dias da dispensação da graça divina, a qual pode encerrar-se inesperadamente. Por enquanto o Senhor continua aguardando a todos que queiram se libertar do pecado para serem salvos. Ele continua distribuindo as suas bênçãos graciosas, porém é preciso invocar o Senhor em fé e sinceridade enquanto é dia da graça divina, pois a noite dos juízos divinos será terrivelmente surpreendente. O arrependimento do pecador é requisito essencial para que essa graça seja recebida.
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Obs: Esboço é elaborado exclusivamente pelo texto da (Leitura Bíblica em Classe). Elaborado pelo Pastor Adilson Guilhermel - Th.M. |
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