Pode um homem divorciado
PODE
UM HOMEM DIVORCIADO
SER PASTOR?
SER PASTOR?
Não!
10 motivos o impedem!
1. Ele não é exemplo dos fiéis.
Em 1 Tm 4:12, Paulo exorta ao pastor
Timóteo para que seja "...o exemplo dos fiéis..." O homem que está no
segundo, e em até alguns casos, terceiro ou mais casamentos, não pode ser
exemplo dos fiéis, por não ser esta a vontade de Deus para o seu povo: Ele
odeia o divórcio (Mal 2:16). Os jovens de tal igreja estariam automaticamente,
levantando a possibilidade de o seus futuros casamentos, se não derem certo
"como o do pastor", o divórcio seria uma opção e ainda Deus os
estaria ainda abençoando após algumas "tribulações..." Desastroso
exemplo seria também para os que entrarão ou já estão no ministério pastoral. O
cristianismo verdadeiro não segue o lema de "faça o que eu digo mas não
faça o que eu faço". Paulo disse "sede meus imitadores como eu sou de
Cristo"( 1Cor 3:15). O ministério pastoral não é para qualquer um, mas
para os que tem condições morais de dar exemplo ( Heb. 13:7).
2. Ele não é irrepreensível.
Em 1 Tm 3:2 temos as qualificações
para o pastor: " Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível..."
A palavra traduzida por irrepreensível usada no texto acima é no grego
"anepleptos". Ela aparece 3 vezes no Novo Testamento, a saber: 1 Tim
3:2, 5:7 e 6:14. O significado é sempre o de alguém
de quem não se pode falar nada contra, sem mancha, sem culpa inacusável.
Independente ser ou não o causador do divórcio ( se é que existe tal condição
), o homem que passou por esta experiência não se encaixa nas exigências
bíblicas e será usado pelo Diabo para escandalizar e envergonhar o evangelho.
Existe "pastor" que se casou em rebeldia contra os conselhos dos
pais, de amigos e até de seus pastores atraindo as maldições do Senhor. Tal
flagrante violação da vontade de Deus, tornou tal crente o único responsável
pela falência do seu próprio casamento, desqualificando-o de uma vez por todas,
para o exercício do pastorado.
3. Ele não é marido de uma
mulher.
"Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher... " (1Tim 3:2). A
expressão "marido de uma mulher" significa muito mais do que o leitor
superficial possa imaginar. O ensino é que a mulher com quem o bispo é casado,
é a sua primeira e única! Não tem nada a ver com a condenação de
relacionamentos simultâneos, o que seria adultério. A condenação da poligamia
seria um absurdo tão redundante e flagrante que Paulo não precisaria se referir
para uma pessoa especial como o bispo. O que está em jogo é a conduta ilibada e
irrepreensível do pastor no seu relacionamento singular com a sua primeira
esposa. Veja o verso afim em 1 Tim 5:9. "...e só a que tenha sido mulher
de um só marido." É óbvio que a viúva a que Paulo se refere, só poderia
receber auxílio da igreja se tivesse vivido com um só homem. Por estar ele
morto não haveria outro. Esta é a mesma construção gramatical que se refere a
situação do pastor, apenas invertendo-se os substantivos. A ênfase em 1 Tim 3:1
sobre a vida conjugal do pastor é tão flagrante, que a mesma palavra que é
usada para expressar a unicidade da mulher da sua vida, é usada também em todas
as vezes no Novo Testamento para expressar que marido e mulher se tornam uma só
carne. O homem que se divorcia e se casa com outra mulher não reverte o se
tornar uma só carne com a primeira, portanto ele não é mais marido de uma só
mulher nem na singularidade nem na ordem numeral. Se voltasse para a primeira
mulher cessaria o adultério, mas a desqualificação está selada para sempre.
4. Ele não tem autoridade para
exortar nem aconselhar.
Certo pastor, que estava no segundo
casamento, teve a audácia de, ao pregar numa determinada igreja, mencionar a sua
indignação ao se deparar com colegas que estavam no segundo casamento...Tal
falta de honestidade e coerência nos faz lembrar a advertência do Mestre que
disse "Ou como dirás ao teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho;
estando uma trave no teu" ( Mat 7:5 ). O
divorciado não pode pregar numa igreja como pastor, muito menos
aconselhar os casais crentes sobre família, porque a sua não é mais exemplo. Se
tentar aconselhar estará sendo hipócrita, se não aconselhar estará sendo omisso
com o ministério mutilado. Não tem jeito, o cristianismo não funciona segundo
palavras vazias, mas com exemplo de vida. Mesmo que o homem não tenha se casado
novamente, a situação de separação da primeira esposa já o desqualifica para o
pastorado.
5. Ele contradiz a própria
palavra que prega por exercer, em rebeldia, uma posição para a qual Deus não o
permitiu nem o chamou.
Quando o pastor sobe ao púlpito para
pregar, ele não pode expressar as suas opiniões. Ele tem que entregar uma
mensagem que não é a sua. Ele tem que pregar a Palavra de Deus em obediência a
Cristo. Se o pregador está em rebeldia no seu viver, ele está desqualificado
para pregar. Suas palavras são vazias e sem unção. Não importa o que a igreja
pense, o tamanho da congregação, ou quantas conversões acontecem: o seu líder
nessas condições está sem a bênção do Senhor, não importando os "sinais
externos": os resultados não autenticam a fonte (1Cor 3:13-15).
6. Ele seria um desastre espiritual a
médio e longo prazo para a igreja imatura que o aceitar.
Não se pode colocar o pecado em
compartimentos. Quando ele entra na igreja sob a forma de omissão e rebeldia
contra a palavra de Deus, qual fermento se espalha para vários outros setores.
Com o pecado não se brinca. A tendência do homem é o pecado, principalmente na
área de família e sexo. Na igreja isto também se verifica. Se a liderança não
tem os padrões de Deus, a degeneração dos crentes é certa. Os líderes cristãos
não podem ser egoístas, buscando seus interesses a curto prazo nem status de
liderança para encobrir pecados pessoais. Se os padrões são decadentes, pode
esperar que os crentes que se desenvolveram dentro do ambiente de tolerância
com o pecado serão cada vez mais decadentes, frios e finalmente apóstatas. Veja
as advertências do Senhor às 7 igrejas do Apocalipse. A igreja local muito
menos ordem de pastores não têm autoridade para aceitar um pastor divorciado.
Eles estariam em rebeldia contra a palavra de Deus, independente do número de
votos que homologou a aceitação. Os crentes sérios que porventura pertençam a
tal igreja deveriam imediatamente se retirar dela, recusando submeter-se a um
líder desqualificado e não aprovado por Deus. O voto da maioria nesse caso não
opera a vontade de Deus (Ex.23:2).
7. Ele desonra o gesto nobre de
ex-pastores que abandonaram o ministério por fracassarem no casamento.
Há diversos casos de pastores que,
apesar de terem o chamado de Deus para o ministério, tiveram a dignidade e a
nobreza de abandoná-lo após se desqualificarem devido ao divórcio, separação ou
conduta. Quando alguém insiste em permanecer no ministério nessas condições
está desonrando a Deus e a esses homens dignos que entenderam que não era mais
a vontade de Deus a sua liderança sobre o Seu povo. Quando alguém assim
permanece no ministério, na verdade está se julgando muito importante e
indispensável para o trabalho de Deus (Luc. 17:10).
8. Ele destruiu o modelo de
compromisso eterno e indissolúvel entre Cristo e a igreja.
O relacionamento eterno entre Cristo e
os salvos, é comparado com o do marido e esposa cujo compromisso não é para ser
quebrado (Ef. 5:22-33).
9. Ele não pode celebrar nenhum
casamento.
Até que a morte os separe (Rom. 7:2-4,
1Cor 7:39) ? Como pode um pastor proferir os votos conjugais para um casal de
noivos , se ele mesmo não cumpriu na sua vida?
10. Ele está contribuindo para a
degeneração dos padrões familiares das gerações seguintes.
Se pastores, tendo suas famílias
dentro dos padrões bíblicos, já sofrem com a desintegração de várias famílias
da membrezia, imagine se do púlpito vem o péssimo exemplo do fracasso conjugal.
Nesse caso os fundamentos da família estão abalados para as gerações seguintes
(Sal. 11:3).
Conclusão
O divórcio é uma ameaça para a família
cristã. As sua conseqüências são devastadoras para a família. Por esse motivo
"...o Senhor Deus de Israel diz que aborrece o repúdio..." (Mal
2:16). O homem que foi chamado para anunciar a palavra de Deus como pastor não
pode ser divorciado, muito menos casado pela segunda vez. Se alguém está nessa
triste situação deve ter a humildade suficiente de abandonar o ministério
urgentemente para não causar mais prejuízos ao testemunho do evangelho e
procurar exercer os seus dons fora da liderança da igreja, pois o seu chamado
acabou tão logo tenha ocorrido a desqualificação. Para os crentes que desfrutam
a bênção de ter o seu casamento dentro da vontade de Deus, fica o alerta para,
humildemente, reconhecer a graça do Senhor (1Cor. 10:12) e buscar em fervente
oração, forças e discernimento para combater as armadilhas do maligno para a destruição
da família.
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