O Deus da paz
O Deus da paz
O conflito existe em toda parte. Muitas vezes começa inesperadamente, nos pega desprevenidos e nos deixa perplexos diante da raiva, da irracionalidade, da beligerância e da carnalidade do outro. Há conflitos que são fáceis de diagnosticar devido à postura arrogante, a falta de sinceridade, o egoísmo estampado nas atitudes, a forma interesseira de lidar com as situações, o desrespeito entre o casal, todos estes comportamentos levam aos conflitos.
Tiago é enfático: “onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males” (Tg 3.16) e complementa: “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês?” (Tg 4.1)
A principal razão do conflito é o pecado, a visão egoísta ou arrogante das pessoas, entretanto, existem outros motivos da desavença:
1. Mal entendidos (falha na comunicação);
2. Diferença de valores, objetivos, dons, vocações, prioridades, expectativas, interesses e opiniões (At 15.39);
3. Discussões por causa de recursos limitados (tempo ou dinheiro);
4. Conflitos de ordem espiritual (Ef 6.10s);
5. Conflitos causados ou agravados por atitudes e hábitos pecaminosos (Tg 4.1-2).
Nas palavras do pastor sênior Alfred Poirier: “Pessoas em conflitos se deixam facilmente cegar por atitudes e ações pecaminosas que obstruem sua visão. Impossibilitadas de verem as coisas como realmente são, elas se sentem justificadas naquilo que dizem e fazem aos outros. Não é de admirar que, em vez de buscar a reconciliação, essas pessoas, cegas para seus atos, continuem a brigar, a culpar o outro e a lançar acusações.”
Não obstante, servimos ao Deus da paz, o qual revela Sua glória por meio dos atributos de santidade, justiça, amor e poder. Suas ações são perfeitas e maravilhosas, assim, Ele nos atrai com laços de amor e benignidade para sermos reconciliados Nele por meio da entrega a Jesus Cristo.
Jesus é o príncipe da paz, veio ao mundo para nos resgatar do pecado, nos livrar de nós mesmos, do nosso egoísmo e da idolatria de nosso coração para vivermos em paz com Ele e com o próximo.
A pacificação genuína dos conflitos passa pela visão de quem é Deus: o Senhor da paz que se revela de forma intima e pessoal a cada um.
A partir do momento que decidimos andar com Deus, de glória em glória Ele vai nos transformando, expurgando nossos hábitos pecaminosos, nos ensinando a amar mais, a exigir menos, a sermos mais misericordiosos e bondosos. É uma transformação de dentro para fora que redundará necessariamente em relacionamentos mais saudáveis e pacíficos. Haverá maior dádiva do que esta?
Assim, diante do conflito não devemos ter uma postura de guerra ou competição, para que nossa vontade seja estabelecida a todo custo, mas sim olhar para Cristo e nos perguntar: O que Ele faria? Qual seria sua atitude? O que o Senhor quer me ensinar? O que Ele requer de mim? E, desse modo, compreender que conflitos podem ser uma excelente oportunidade para resolver diferenças de forma saudável para a manifestação da glória do Pai.
Pr. Hélder Rodrigues
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